29 outubro 2008


Choram os espelhos


E essas crianças que choram de olho no espelho
Choram em desespero e lamento árduo
Choram de dor, saudade e convicção
Deparam-se com essa triste ilusão
Que as agride de forma sublime
Que agride seus corações
Presas às couraças corporais
Prisioneiros da boa educação imposta
E de conceitos infiltrados
São os prisioneiros e os carcereiros
Essas crianças não mais de olho no espelho
Absortas em seus pensamentos
Esquecendo-se da lei da alegria e
Do sorriso do palhaço
Sofrem os carcereiros de si
Choram sem esperança
Esquecendo, bem lá no fundo,
Sua criança