25 junho 2010

 Na falta de palavras melhores sempre achei melhor copiar, citar na verdade. Por que se alguém já disse melhor do que eu por que eu me atreveria a tentar inventar? E o bom das palavras é isso, nos apropriarmos das dos outros, emprestarmos as nossas, para que todos se expressem e para que ganhem novos significados.

 Hoje, "roubo" o post da minha querida e saudosa amiga Carol Burnier, que está na Espanha!


E algumas vezes apavorante. O mundo vem como uma onda. Decidi que não quero frear nada mais, quero sentir tudo, viver tudo. Não será sem medo, o medo sempre vai estar ali, mas eu quero. Eu quero tudo. Quero ser enorme, quero devorar tudo e todos. Quero perseguir dragões, quero ser o fim do mundo. Quero ser engolida pela floresta, quero viajar até o coração das trevas. Eu quero tudo. Quero arder. Ainda que o fogo me consuma inteira, ainda que eu saia com a pele coberta de cicatrizes, ou que restem apenas cinzas. Eu quero arder.

http://celta.blogspot.com/2010/06/its-dark-out-here.html

12 junho 2010

                                                                 

                                                               De Silêncios

 Hoje calei. Dúvidas e anseios. Dores. Não dessas profundas e dilacerantes. Pequenas. Feridas. E por isso piores.
 Sombras que pairavam no ar, se insinuavam. Davam medo por que não eram concretas, e por tanto com elas não se podia lidar. Com sombras não se lida. Se cala.
 Se eu tivesse objeto eu poderia lidar, com o concreto se lida. Mas com o efêmero?
 E essas pequenas sombras a se somar e formar um tormento. A turvar a visão. A razão.
 E mesmo tentando lidar com elas. Novas surgem, por que cada ação tem uma reação, e sei o que acontece se eu puxar determinadas cordas. E não quero que me acusem de puxar sempre as mesmas cordas, ou as cordas que resultariam no mesmo.
 Então só elucubrando, sem poder ou sem saber que corda puxar. Sem ter, ou saber, ou poder, o que falar.
 Calei.