28 julho 2009
Alva como a...
para Maysa Mundim
Havia um certo prazer em ficar ali mudo só te ouvindo falar, insuspeitadamente, já que geralmente era mais do silêncio e deixava as palavras pra mim. E no meio das frases ter um relance do desbundante sorriso em seu rosto, perfeita harmonia entre lábios e dentes, anseios a incitar.
Falava pouco, mas sorria muito e com prazer. Aliás, esse falar pouco se tornou questionável depois. Talvez no começo tenha parecido assim, mas com um pouco mais de intimidade, mudou o quadro.
E era gostoso estar ouvindo sua voz assim... Grave, porém doce, ou seria aguda e rouca como a de Paula? Não sabia definir. Mais gostoso ainda ouvir sua gargalhada, sonora, cheia, com vontade. Felicidade.
E os cabelos negros, belos. Sedutores. Em contraste com a pela alva, criando um mistério.
Tantos mistérios eu queria desvendar. Me permite? Eu pensava, buscando resposta em seu olhar, sem obter.
Passar de tempo, mais intimidade, conhecer melhor, curiosidades, temperamentos, levando a novas perguntas, novos anseios...
... no fim só a certeza de que não quero te machucar, ao contrário. E você?
Quer me saciar?
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Um comentário:
que delicia...
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