Perder-se ao Olhar-se
Estava aturdida, assustada e... temerosa. Acho que temerosa é a palavra certa, pois não havia medo. Medo não. Talvez por uma estranha certeza de que tudo acabaria bem, ou esperança. Ou talvez ainda, por que naquele momento não houvesse nada para se ter medo.
Mas não havia como voltar por onde eu tinha vindo e eu precisava seguir em frente. Sempre se precisa ir em frente. “Sempre se precisa ir além de qualquer palavra ou qualquer gesto”, alguém havia me dito.
Então resolvi seguir por um túnel que havia à minha frente. Até chegar a uma pequena, minúscula entrada, pela qual entre idas e vindas e inúmeras tentativas, consegui passar.
Tive a certeza de que acertei ao não ter medo. Estava livre. Livre? Sem ter voltado. Sem me entregar.
Não mais pressa. Mas em algum lugar que não conhecia (o que me pareceu deveras inusitado, como poderia haver um lugar tão desconhecido, perto de um outro que eu tão bem conhecia?), sai perambulando, para tentar me encontrar.
E acabei encontrando tanta figuras inéditas, desconhecidas também, gente que pensava diferente, que falava sem ornar; gente simpática, que falava em enigma; gente que gostava de mandar, gritar; outros que só conseguiam obedecer; e quem gostava de questionar.
Uma grande sorte de “gentes”!
E no final das contas me encontrei, e voltei pra casa. Sem retroceder.
Nunca!
4 comentários:
Gustavo Klein é figura demais! Passamos a noite inteira tentando ter idéias sobre Alice, aí essa criaturinha chega, em cinco minutos escreve um texto lindo, entrega em nossas mãos e depois ainda publica no blog! Tudo de bom!!!
Tem como não ser FÃ?!?!
AH! SAbe????
"pela qual entre idas e vindas e inúmeras tentativas, consegui passar". (essa sou eu)
Bjo Adorei.
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