Mais uma mudança. A me fazer sentir cigano. Caixeiro viajante, sacoleiro. Mas ao menos me sentindo parte de uma estranha tradição de família. Até de velho colecionador, de obsessivo compulsivo já fui chamado... " ante De a gente amar um amigo incondicionalmente, a gente deve ajudar ele na mudança" me disse Mariana... Mas nada disso importa muito. No meio do ritual de re-abrir caixas e revistar bens, decidir o que guardar, o que não guardar... Achei um cartão... Do último dia dos namorados... Onde você dizia coisas bonitas, coisas meigas e dentre essas coisas sensíveis e possíveis verdades pro momento em que escreveu, Que eu te fazia feliz... Então percebo que fui extremamente idiota de te deixar ir... Te der dado a deixa para que tudo acabasse tão irrevogavelmente. Por que eu nunca quis que acabasse. Que por uma certa arrogância te deixei escapar e que talvez... Só talvez... Esse pouquinho mais de tempo que teríamos, poderia ter sido suficiente...